sexta-feira, 24 de julho de 2015

Analisando - Sense8





Mais uma grande série produzida pela Netflix, a qualidade que já é conhecida mais uma vez pode ser vista neste novo projeto dos irmãos Wachowski em parceria com Michael Straczynski.

A premissa da série é muito interessante, oito pessoas separadas em diferentes partes do mundo por algum motivo, que aos poucos vai sendo explicado, descobrem que possuem uma relação psíquica entre si.



Os personagens principais são: Capheus, ou também conhecido como Van Damme, que é um motorista de van em Naioribi que tenta ganhar dinheiro de forma honesta para ajudar sua mãe que sofre de AIDS. Sun, que é a filha submissa de um poderoso empresário de Seul e também uma grande estrela do submundo das lutas. Nomi, uma hacktivista transexual de São Francisco que sofre preconceito da família, principalmente de sua mãe que insiste em chama-la de Michael (seu nome de batismo), conseguindo conforto apenas ao lado de sua namorada Amanita. Kala, uma farmacêutica de Mumbai que vive em dúvidas de qual decisão seguir a respeito de seu futuro, seu personagem é interessante por mostrar a cultura e religião da Índia. Riley, é a mais problemática, além de ser viciada em drogas é atormentada por traumas do passado. Wolfgang, faz parte do crime organizado de Berlim, seu núcleo é responsável pela maioria das cenas de ação da série. Lito é o contraponto de Nomi, um gay que tem medo de se assumir públicamente por ser galã de filmes e novelas mexicanas. E Will, um policial de chicago assombrado por um assassinato não solucionado de sua infância.




Apesar da série possuir oito sub-tramas paralelas, ela não se perde e nem fica confusa por nenhum momento, não sentimos a falta de nenhum personagem, pois todos os oito são principais, todos possuem o mesmo tempo de tela. O estopim da trama principal está nas mãos de Jonas, um sensate antigo que quer ajudar os oito novos, do ameçador sussuros, um também senstate que se voltou contra sua própria espécie e lidera uma organizção determinada a neutralizar ou matar sensates.

A fotografia da série é impecável, todos os países são muito bem representados e nos sentimos em cada ambiente. As cenas de conexão psíquica foram gravadas em países diferentes e também no mesmo lugar mudando apenas o fundo, justamente para gerar a impressão de que realmente estão no mesmo lugar, para sentirmos um pouco do que eles sentem.

Acho que sentimento é a palavra que melhor define a série, porque ação, romance, um vilão marcante, são elementos que existem em Sense8, mas nada supera o sentimento, a série antes de tudo transmite humanidade, identificação com os personagens, conseguimos trazer os problemas da série para o nosso mundo e sentir (olha aí essa palavra de novo) emoções reais.


Elenco: Bae Doona, Max Riemelt, Tuppence Middleton, Aml Ameen, Brian J. Smith, Miguel Silvestre, Jamie Clayton, Tina Desai
Criadores: The Wachowski, Michael Straczynski


Análise feita por: João Moreira

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